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terça-feira, junho 29, 2004

 
Carros conversíveis

Nunca entendi pra que diabos servem os carros conversíveis. O sujeito tem janelas no carro inteiro, mas prefere tirar a calota, que dá muito mais trabalho, só pra esfriar a parte de cima da cabeça.

Tanto que esse tipo de veículo geralmente é guiado por um gordinho careca nos seus 40 anos... um desses que tem uma tonsura na cabeça e precisa refrescar com o vento que pega descendo a Avenida Sapopemba ou a Ponte Eusébio Matoso. Ou isso ou o Alcindo, aquele brasileiro que jogava no Japão e era considerado o careca mais cabeludo do mundo.

No início eu achava que os conversíveis serviam pra voltar ao mundo, pra ter visão além do vidro do painel. Ledo engano. Ninguém tira o olho do rádio ou da estrada. A subida da calota só serve pra dar mais mundo a quem está no carro e não mais da pessoa que está no carro ao mundo.

Por isso, assim como o Pastor Dedini, um pessimista na análise das novidades do mercado automobilístico, mas um otimista na ação integrada contra a falsa modernidade, recomendo os ônibus e as lotações.

Apenas os veículos de caráter coletivo poderão nos salvar de, em dez anos, conviver com nossa geração já acéfala repleta de tiozinhos adeptos da Nova Schin, ouvindo Los Hermanos em volume alto, e elogiando as churrasqueiras movidas a gás ao correrem com seus "carangos turbinados" em uma das rodovias federais.


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