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quarta-feira, janeiro 12, 2005

 
Cinco perguntas não muito desdenhosas

Pra variar por um instante, indago, e não afirmo.

1 - Como é que se faz para não ter vergonha de comer diante de uma criança faminta?
2 - Quando é o momento de se corromper a mulher honesta, ávida para apodrecer?
3 - Por que a primeira pessoa do plural caiu em desuso, como idéia, principalmente?
4 - O que dizer àquele cara que passa a vida toda onde você se orgulha de ter saído?
5 - O que você diz a alguém que pede pra você não jogar o telefone dele(a) fora? E se esse alguém for, digamos, o seu pai?

Se alguém tiver resposta pra alguma dessas perguntas, não hesite em me informar, por favor.

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sábado, janeiro 08, 2005

 
Réveillons de quoi?

Uma exaltação ao calendário. Existe alguma outra explicação satisfatória para celebrarem o réveillon, esse símbolo de mais um ciclo de uma convenção gregoriana, juliana, judaica ou muçulmana? Ah, qualé!

Para que diabos comemorar o Ano Novo e festejar simplesmente por termos relógios e folhinhas sob o nosso poder? Grande perda de tempo, isso sim! Sem contar os misticismos baratos que surgem por aí: pular ondinha, comer uva, romã, lentilha, subir na cadeira, pular com o pé direito três vezes ao badalar da meia-noite, vestir-se de branco...

O grande pastor Dedini, que sempre condenou esses ritos iconoclastas, chegou um dia a sentenciar que serão eles todos relegados ao esquecimento:

- O calor do fundo desta terra ainda há de arder com a insistente comemoração dessas datas periódicas, inúteis, todas elas. Sorte é que existem os cristãos para equilibrar isso tudo com a irregularidade das celebrações do Carnaval e, por conseguinte, as da Páscoa e a do Dia de São Martim dos Pobres.

Mas, concorda o guru, não houvesse essas infames celebrações "anuais" nem sequer os rebalanços da cristandade seriam necessários. Viveríamos em um mundo no qual as celebrações se dariam ao bel prazer daqueles que querem verdadeiramente celebrar, e não ao toque de caixa do calendário e dos interesses mais escusos dos fabricantes de feriados.

Para que se dê fim a essa besteira descomunal, da qual se desdenha quase unanimemente entre os bahrenitas, muitos deles instigados por nosso Dedini, basta que se fale um pouco de francês.

Réveillons tem origem no verbo revenir no imperativo da primeira pessoa do plural, ou seja, acordemos! É isso que falta àqueles que se furtam ao sono na madrugada de 31 de dezembro.

Falta que despertem para um mundo mais real e menos comodamente convencionalista, no qual apenas os pais e mães de santo usem de sua alvura impunemente nas vestimentas quando presentes em grandes coletivos.

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