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quinta-feira, agosto 25, 2005

 
A Importância do Golfe para os Países Subdesenvolvidos Enquanto Movimento Popular e de Esquerda

O revolucionário Che Guevara, além de beber Coca-Cola, jogava golfe, comprovam os livros de história que são sérios -- ou seja, a minoria deles. Esse homem de lutas tinha com o taco a mesma obstinação com que usava as armas para libertar países pobres da América Latina e da África sobre-saariana.

Os buracos que preenchia com as bolas de golfe em tacadas certeiras eram parecidos com os que abria nos crânios de porcos imperialistas em todo o mundo. Bem feito pra todos esses putos.

O que poucos fazem questão de lembrar é que a disciplina do mito dos golfistas Jack Nicklaus, campeão de quase 20 dos mais importantes torneios do mundo, representava para Guevara o maior dos exemplos de que a revolução deveria permanente até o triunfo definitivo. Para ele, jogar golfe era um ato revolucionário e necessário.

(Alguns desinformados preconceituosos chamariam Guevara de alienado, de traidor da classe trabalhadora. Me antecipo, pergunto a um desses caso esteja lendo essas linhas mal traçadas: por que você não vai se foder? Hein? Por que não vai se lavar?)

A necessidade do golfe era para o revolucionário argentino, grão inspirador do Pastor Dedini, um grande símbolo de resistência. Homem de luta, Ernestiño utilizou o taco e as bolas que lhe cabia para se contrapor à elite bonairense, fanática pelo pólo, um esporte metido a besta e, por consequência, de direita.

Che jogou golfe em campos de treinamento antes, durante e depois da Revolução Cubana, liderada por ele. Das florestas da Colômbia, passando pelas areias da Argélia, lá esteve ele, semeando a revolução e lindos gramados para que as futuras gerações jogassem sem perder a dureza nem a ternura. Encaçapou geral.

No intervalo de uma partida, quando executava missão de suma importância, foi assassinado por elitistas na Bolívia, um país que nunca foi seu favorito para o jogo, dada a proximidade do único campo disponível no país às águas do lago Titicaca, onde costumava perder dezenas e dezenas de bolas.

Com ele, não morreu a esperança. Ainda que tenha perecido, Che estimulou a democracia do golfe para os mais pobres. Mostrou que poderiam conquistar os seus sonhos, além de manterem acesa a chama de uma verdadeira ditadura do proletariado, popular e de esquerda. Hoje, se estivesse entre nós, Che gritaria vívido, sem se importar com o fim da União Soviética nem com a queda do Muro de Berlim: "Chuuuuuuuuupa Bush! Você joga mal pra caralho, seu palhaço!"

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terça-feira, agosto 09, 2005

 
Suriname Ano Zero

Por que diacho ainda existe o Suriname? Ao que parece, o único uso dessa irrelevante nação é exportar afro-negões para o futebol holandês. Exceto por isso, é um lugar que não faria falta se fosse transformado em um grande estacionamento. Então, por que esperar?

Se você fala mal do Acre, diria o grandiloquente Pastor Ronaldo Dedini, é porque não conhece o Suriname. Nesse cantinho sul-americano dos Países-Baixos, saiba disso, as pessoas vivem de exportar banana, café e sangue, uma combinação certamente curiosa. Nem no inglório estado brasileiro, famoso pelo leite que tira de pau, isso acontece.

Além disso, como é que dá pra respeitar um país cujo presidente se chama Ronald Venetiaan? Parece nome de geriatra. Como respeitar um país onde a separação da metropole veio a pouco menos de 30 anos, de forma amigável ainda?

Uma nação cujo hino nacional tem apenas OITO frases?!


God zij met ons Suriname

God zij met ons Suriname
Hij verheffe ons heerlijk land
Hoe wij hier ook samen kwamen
Aan zijn land zijn wij verpand
Werkend houden we in gedachten
recht en waarheid maken vrij
Al wat goed is te betrachten
Dat geeft aan ons land waardij.


Não dá para pensar em direitos humanos para gente que vive em cidades cujo nome é Brokopondo. Ou Commewijne. Ou Saramacca. Ou Wanica. Ah, vão todos se lavar!

Se fosse governante brasileiro, dava um jeito de construir uma falha de San Andreas gigantesca para que um dia o Suriname ficasse à deriva. Já perdemos tempo demais com Acre, Espírito Santo e com as Guianas para nos darmos ao luxo de lidar com local tão descartável, vassalo de um idioma tão distante dos nossos.

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