terça-feira, fevereiro 08, 2005
Feriado
Não sei para quê existe tanto feriado. Afinal de contas, a gente já arruma desculpa suficiente para não fazer as coisas durante o tempo do trabalho. Ninguém trabalha tanto que não poderia passar sem metade desses dias inutilizados e preguiçosos. Assim como ninguém precisaria trabalhar 18 horas por dia e achar que desconta alguma coisa em uma jornada a menos. Mas não faltam cretinos que acreditam nisso.
Formalizar o ócio é um mero desejo daqueles que são adestrados por algo aprendido socialmente nesses obscuros tempos: preferem extrapolar quando o patrão, os pais ou o calendário supostamente lhes dão o direito.
Escondem-se da admissão que a esbórnia pode ser agora, o tempo todo. Muitas vezes ela o é. Falta apenas honestidade suficiente para lançar mão dos pudores de dizê-lo. E por que isso falta? Porque tem de se presevar a necessidade do feriado! Ah, vão se lavar!
Não adianta: feriado demais estimula os jovens conservabobos a acreditarem que estão se libertando, fazendo o que querem na "naite" ou em praias bem e mal cotadas do plúmbeo litoral paulista. Têm de ser reduzidos, senão essa gente vai continuar não percebendo que nada tem isso de libertino, não importa quantas trepadas se dê ou quantas drogas ilícitas (ou não) sejam transadas.
Não há libertação no simples desejo, no simples consumo. E se os feriados estimulam isso, que sejam diminuídos, que comecem depois das 14 horas, sei lá.
Falando nisso, é por essas e outras que seguem os exércitos de Eremildos e Eremildas, achando que dão voz a grandes dilemas humanos, que vivem grandes dilemas, tragédias, cansaços... Corta os feriados e eles não vão ter tempo de reclamar!
Essa gente tem de se ocupar para tomar menos tempo dos outros. Porque senão eles acabam sendo descobertos e daí vem a gênese de outra série desse naipe, como aquelas do canal Sony, acompanhadas por revistas de adolescentes e livretos de poesia de banca de jornal.
Nada disso vai abrir o olho dessa gente, a não ser que lhes seja tomado todo o tempo extra que desperdiçam na superfície terrestre. Ou então teremos de continuar suportando, candidamente, os argumentos e discursos daqueles cujo espírito é dono da profundidade de uma chapa de hamburguer.
Não sei para quê existe tanto feriado. Afinal de contas, a gente já arruma desculpa suficiente para não fazer as coisas durante o tempo do trabalho. Ninguém trabalha tanto que não poderia passar sem metade desses dias inutilizados e preguiçosos. Assim como ninguém precisaria trabalhar 18 horas por dia e achar que desconta alguma coisa em uma jornada a menos. Mas não faltam cretinos que acreditam nisso.
Formalizar o ócio é um mero desejo daqueles que são adestrados por algo aprendido socialmente nesses obscuros tempos: preferem extrapolar quando o patrão, os pais ou o calendário supostamente lhes dão o direito.
Escondem-se da admissão que a esbórnia pode ser agora, o tempo todo. Muitas vezes ela o é. Falta apenas honestidade suficiente para lançar mão dos pudores de dizê-lo. E por que isso falta? Porque tem de se presevar a necessidade do feriado! Ah, vão se lavar!
Não adianta: feriado demais estimula os jovens conservabobos a acreditarem que estão se libertando, fazendo o que querem na "naite" ou em praias bem e mal cotadas do plúmbeo litoral paulista. Têm de ser reduzidos, senão essa gente vai continuar não percebendo que nada tem isso de libertino, não importa quantas trepadas se dê ou quantas drogas ilícitas (ou não) sejam transadas.
Não há libertação no simples desejo, no simples consumo. E se os feriados estimulam isso, que sejam diminuídos, que comecem depois das 14 horas, sei lá.
Falando nisso, é por essas e outras que seguem os exércitos de Eremildos e Eremildas, achando que dão voz a grandes dilemas humanos, que vivem grandes dilemas, tragédias, cansaços... Corta os feriados e eles não vão ter tempo de reclamar!
Essa gente tem de se ocupar para tomar menos tempo dos outros. Porque senão eles acabam sendo descobertos e daí vem a gênese de outra série desse naipe, como aquelas do canal Sony, acompanhadas por revistas de adolescentes e livretos de poesia de banca de jornal.
Nada disso vai abrir o olho dessa gente, a não ser que lhes seja tomado todo o tempo extra que desperdiçam na superfície terrestre. Ou então teremos de continuar suportando, candidamente, os argumentos e discursos daqueles cujo espírito é dono da profundidade de uma chapa de hamburguer.