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segunda-feira, janeiro 05, 2004

 
E o que é que há de errado com esses caras que curtem esse monte de inutilidade que é escultura? Qual é o objetivo de talhar um naco gigantesco de pedra, madeira ou bronze? E pior, falar, escrever a respeito!

Não existe rigorosamente nenhuma diferença entre essa infrutífera práxis e brincar com massinha. Nenhuma. Imagino Rodin aos seus oito anos, pentelho. "Mãe, olha só o que fiz com esse pedaço de mármore! Um semi-deus grego... o que a senhora acha, hein?". E a digníssima senhora diria "Vê se não enche o saco e faz alguma coisa de útil, moleque".

O bandido deveria ter ouvido. Assim não povoaria com idéias para discussão a cabeça desse monte de gente que usa óculos fundo de garrafa e toma água Perrier. O máximo que esses conseguem se aproximar da vida plebéia é tomar uma cagada de pomba na frente de uma dessas estátuas abandonadas de praça pública. Vão se lavar!

Artista mesmo é o criador do video-game. O cara criou um mundo onde você faz o que quiser com seu personagem. Se quiser matá-lo, foda-se! Quer chegar ao final, persevere! Cansou de jogar, desliga! Ninguém vai te achar um fracassado só porque desistiu no meio do trabalho. E é só apertar o power. Não fica nem uma lasquinha no chão.

Sem contar que esse saudável entretenimento dá grande agilidade aos dedos, o que é essencial para se usar um computador a contento, além de estimular os reflexos. É quase uma gourmandise. Há alguns dias joguei três minutos de Atari. Fiquei absolutamente satisfeito.

Não havia nenhuma pulsão de procurar em um livro o que diabos significavam as etapas do dia do enduro, nem a musiquinha do Pac-Man. Por isso, inicio aqui a campanha. Que o video-game substitua a escultura como uma das artes. E as outras que se cuidem. Falta que eu te expurgo:



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