|

sexta-feira, janeiro 16, 2004

 
Indies

O que será que se passa na cabeça dessas pessoas que se dizem “indies”? Estou inclinado a aceitar duas respostas: a-) Nada ou b-) Falta de sexo. Ontem mesmo eu conversei com um deles. Chamar aquilo de conversa, aliás, é prova cabal de que sou generoso. Noves fora, o sujeito começou a falar sobre uma banda. Obviamente, uma banda de garagem do sul do Bahrein, que “faz uma mistura sensacional de jazz fusion com tarantella”. O nome da banda invariavelmente é longo, e de preferência é a descrição de alguma frustração da vida do vocalista. Naquele momento, assumi a postura Homer Simpson versus Ned Flanders, ou seja, “meu corpo pode ficar aqui, se quiser, mas minha mente vai embora agora”.

Voltando ao mundo dos que trepam regularmente, comecei a pensar sobre essas pessoas. Por que os óculos esquisitos? Por que as camisetas com xingamentos escritos em Finlandês, com alguma fórmula matemática escrita embaixo? Será que essa gente não entendeu que, em matéria de chocar o “status quo” pela aparência, nunca vai conseguir bater outras épocas? Acordem. Vão para a rua. Conversem com as pessoas sem falar sobre bandas que só vocês e a mãe do vocalista conhecem. Acho que vai me chocar muito mais ouvir alguém na fila do Espaço Unibanco conversando sobre o jogo do Flamengo do que suas atitudes “descoladas”.

Falta que eu te expurgo:


|

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?