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domingo, janeiro 18, 2004

 
Tem que ter peito

Se você quer pôr silicone, desista. Mulher, saiba que a preocupação deste manifesto está centrada em você, ainda mais se for mulher que quer levantar, arredondar, enrijecer, o astral. Ou que já levantou, arredondou...

Homem não gosta de silicone! No máximo gosta de ver os efeitos dessa bolsinha de gelatina. Lógico, naquele decote, quem resiste? O homem pensa com as cuecas e só com elas. Ele busca poder para desvendar decotes, partes do corpo que vestidos capciosos não deixam à mostra. Sobretudo aquelas coisinhas – ou coisonas, a depender da louca, loira – com formato de tigela circular e com um bico pontudo.

É com isso que peitos siliconados se parecem. Tira-se o sutiã e nem caem. Que graça! Que mulher normal pode ter os seios assim? É por isso que as pessoas não se amam mais. Não há mais peitos como em antanho. Há um troço duro, cuja sensibilidade por vezes se deteriora, a apontar para o horizonte. Um pedaço em que se misturam carne e matéria sintética dá nisso – falta de excitação. E o que vale é o que está sem roupa. Ainda que os decotes e blusinhas façam pensar o contrário e levem o homem a pirar e a soltar as piores cantadas.

Homem de verdade quer os naturais. Deseja que caiam e sejam vigorosos como só a carne e a gordura podem ser. Não duros como um naco de madeira de carvalho. Um dia a mulher de silicone vai perceber que o homem, não o de araque, está claro, foge da imagem. Pois a imagem não alimenta o toque, o gozo, o fogo, o dia seguinte. Um dia, até para dar uma pitada de tragédia patética (redundância, dane-se), um bebê lindo e sugador como só ele pode ser vai sucumbir intoxicado ou engasgado. Será o dia em que a dureza venceu o dengo.
Falta que eu te expurgo:

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