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domingo, abril 04, 2004

 
Desdém Post-Match - GP Bahrein out of loco
Do correspondente e dono Desdenhoso, diretamente de Tel Aviv

Sob a organização do Pastor Dedini, o primeiro GP do Bahrein de F-1 começou a dar sua linha desdenhosa desde os treinos livres na manhã deste domingo. Nada daquele bichoso "Gentlemen, start your engines" que se ouve em Indianápolis ou nas ruas de Monte Carlo. Da torre de controle, um arroto e um "Move your asses, bunch of faggots" do guru brasileiro deu início à sessão. O único a compreender a magnitude daquele momento foi o ex-piloto Ukyo Katayama, que assistia à prova disfarçado como mecânico da Minardi. Percebi as lágrimas correndo naquele rosto coberto por um capacete de 3 quilos. "Sempre gostei muito desse sujeito", suspirou o japa, que defendeu toda a vida que Ayrton Senna, Nigel Mansell e Alain Prost não passavam de grandes bichas.

Depois do treino, próximo do início do GP, Fleumático se preparava para colher depoimentos para sua coluna, que deve sair ainda nesta semana. Disfarçado de dançarina de polca, nosso mancebo se acotovelou entre modelos árabes seminuas no grid de largada e recebeu os olhares tortos de Rubão, pai do “386 sem windows” Barrichello. Nosso colaborador nem deve ter percebido. "No aeroporto esse puto desceu do avião parecido com o Schumacher. Agora vem vestido com essas roupas que deixam o corno do alemão ouriçado. Tá querendo tomar o lugar do meu filho, ô féladaputa?", murmurou o velhaco a um receptivo e nipônico Satoru Nakajima, ex-corredor e hoje vendedor de parabrisa de óculos e de kafta no circuito de Sakhir.

Sobre corrida, não posso falar muito porque confesso não ter visto nada. Estava lá entretido observando com um rapaz de primeiro nome Daltro, que comia areia do deserto, abrindo a boca ao vento, no meio da única arquibancada do autódromo bahrenita. Ciente de minha presença, o Pastor Dedini veio me cobrar, sem muita empolgação, por não estar traçando um dos sanduíches ou uma das modelos que ele importou do Iêmen. Respondi que tinha muita gente levando o tal "circo da F-1" a sério de mais.

Até que ele disse: "Quer saber? Tenho um amigo que é técnico do time do Maccabi Haifa, em Israel e ele disse ter umas fotos do Didir Macedo fantasiado de Padre Marcelo e de Ronaldinho Gaúcho que são de cair de rir. Vamo nessa?" Nem sequer assisti à cerimônia da vitória que tocava Lou Bega no lugar do hino da Alemanha. Mas não poderia me importar menos. Da próxima vez em que voltar, trarei meu Aquaplay da Família Dinossauro para me divertir enquanto as bichonas correm.

Falta que eu te expurgo :

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