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segunda-feira, outubro 25, 2004

 
RH para o bem de toda a humanidade

O mundo está cheio de tristeza e mazelas. Pergunta-se: para que trazê-las para o discurso? Poxa, deixemos o sofrimento para a realidade. Temos de pensar longe. E é aí que entra o RH. Com ele, até um executivo que não tem o perfil para a empresa consegue ser um funcionário bem-sucedido. Recursos Humanos, uma atividade que serve para fazer o homem crescer, agregando valores e superando deficiências.

O amigo desdenhoso, despeitado por alguma dinâmica de grupo malograda da qual participou, preferiu atacar o RH. Muito rancor num coraçãozinho só. Mal sabe ele que o que as empresas querem hoje em dia é uma prática constante de endomarketing. Endomarketing: enaltecer a estrutura interna de uma corporação com vistas à integração e à harmonia no ambiente de trabalho. Parece-se com o marketing pessoal, mudando apenas o foco, que é mais coletivo e socialmente responsável. Veja bem: por que alguém vai estudar para estimular o pensamento crítico? Espírito crítico faz mal, deixa a pessoa confusa, tornando-a improdutiva. O mercado valoriza as pessoas assertivas e proativas, que agregam sempre mais valor, sem estimular desavenças e questionamentos infundados.

Hoje os funcionários devem ser comprometidos. O mercado globalizado exige enxugamento de quadros e de custos. RH é uma bênção, porque na hora do desligamento – inevitável enquanto o mercado se reestrutura – alguém deve oferecer amparo. As consultorias de RH ajudam nesse sentido, com serviços de outplacement, em que se proferem palestras de motivação, entre outras coisas maravilhosas e solidárias. Imagina: a pessoa perde o emprego e a estabilidade, e vem um consultor com um grande sorriso dar uma injeção de ânimo otimista: afinal, existe vida fora da empresa que demite.

Este blogue vai revelar a seus leitores que buscam a qualificação constante e incessante uma novidade. O novo perfil do funcionário ideal. Todos sabemos da dificuldade de operar uma empresa no azul. Muito tributo, muitos gastos. No Brasil, só os bancos lucram. Pensando nisso, os RHs das empresas estão montando uma estratégia de comunicação interna que envolve intensa logística.

A finalidade: o colaborador vai ceder ao fim do mês ou da quinzena ou da hora de trabalho os benefícios que conquistou trabalhando. Dá-se uma mão ao líder para este conduzir o colaborador rumo ao crescimento pessoal e para manter a competitividade no mercado. Evitando-se assim que a empresa vá à bancarrota, preservando o emprego de quem restou. Evitando-se assim que se reduza a qualidade do serviço prestado. Só uma pessoa muito ressentida, que gosta de trazer problemas para equipe, pode repudiar tal idéia necessária. Lamentos aos que não compreendem como é difícil a vida. Ingratos, por não perceberem que é um privilégio ter uma ocupação neste mundo de desligamentos em massa.
Pedante é assessor de imprensa de uma assessoria em recursos humanos. Trocando em miúdos: assessor do assessor. Acredita no que faz e acha que a Terra é uma espaçonave. Frases preferidas: "Cada um tem sua ética" e "Tudo depende de como você olha a coisa".

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