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segunda-feira, dezembro 27, 2004

 
Aniversários – Um ano desdenhando

Tá bom, não deletar um blog depois de um ano é algo digno de atenção. Mas é esse o grande mérito? Tipo: “Sabemos como é difícil sobreviver um ano, vivemos isso todo dia, então parabéns por também ter conseguido.” Corta essa!

Não tem nada mais importante pra comemorar? O Pastor Dedini, disciplinado como só ele, nunca comemorou aniversários. Apenas feitos. Quando muito, celebrava o início da primavera no Bahrein com uma grande distribuição de gemada. E assim ele vive feliz, sem aniversários nem presentes hipócritas ou cumprimentos inevitáveis e meramente protocolares.

Para quê? Por que o mundo tem de se lembrar de você quando existem 6 bilhões de outras pessoas em todo o globo? Por que celebrar quando se sabe que anos, dias e meses não são mais do que convenções gregorianas mundialmente difundidas? Vão se lavar! Egocentrismo besta!

Que então se substituam os aniversários por ações verdadeiramente dignas de comemoração: salvem o Timor Oeste, esquecido ao lado de seu vizinho famoso, queimem panetones de goiabada ou doce de leite em praça pública ou advoguem pelo fim das canetas marcadores de cor preta.

Qualquer uma entre essas atitudes é mais representativa do que celebrar a convenção por ter passado vivo - ou nem tanto - os últimos 365 dias. Se o intuito é celebrar o fracasso da existência, abandonem-no! Troquem-no por ações de verdade e distribuam toneladas de gemada àqueles que não têm motivos para comemorar.


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