segunda-feira, outubro 23, 2006
Desinteresse
Noite caída, chove em São Paulo e a lotação anda bem devagar para recolher mais passageiros. Não cabe quase ninguém mais e a gente se impacienta, doida para terminar a jornada. O motorista segue seu ritmo.
Apesar da curva perigosa, pára a Besta na esquina de uma rua estreita, com a descida íngreme adiante. Carros buzinam e o piloto não liga. Dois homens, clientes, correm e fazem sinal. Querem a porta aberta contra a garoa.
São atendidos.
- Abre!, gritam outros quatro passageiros do fundo da lotação.
Enquanto os dois entravam, esses queriam sair e evitar parte da subida à qual se submeteriam sob a água, caso tivessem mesmo de descer apenas na parada, cem metros abaixo.
O motorista diz que não, faz cara de bravo.
Afinal, o ponto de descida é lá embaixo. O tráfego volta a fluir.
Noite caída, chove em São Paulo e a lotação anda bem devagar para recolher mais passageiros. Não cabe quase ninguém mais e a gente se impacienta, doida para terminar a jornada. O motorista segue seu ritmo.
Apesar da curva perigosa, pára a Besta na esquina de uma rua estreita, com a descida íngreme adiante. Carros buzinam e o piloto não liga. Dois homens, clientes, correm e fazem sinal. Querem a porta aberta contra a garoa.
São atendidos.
- Abre!, gritam outros quatro passageiros do fundo da lotação.
Enquanto os dois entravam, esses queriam sair e evitar parte da subida à qual se submeteriam sob a água, caso tivessem mesmo de descer apenas na parada, cem metros abaixo.
O motorista diz que não, faz cara de bravo.
Afinal, o ponto de descida é lá embaixo. O tráfego volta a fluir.